O complexo Walt Disney World está localizado na cidade de Lake Buena Vista, Flórida, Estados Unidos, próximo às cidades de Orlando e Kissimmee. Neste que é um destino desejado por gente do mundo inteiro, sob o slogan "onde os sonhos se tornam realidade", adultos e principalmente crianças podem aproveitar o melhor de sua infância.
No entanto, não muito longe de lá e à margem de qualquer possibilidade de uma vida abastada e mágica, existe um complexo de hotéis baratos onde moram Moonee (vivida pela SENSACIONAL Brooklynn Prince), uma menininha de seis anos, e sua jovem mãe solteira, Halley. Através de muita câmera de mão e uma pegada meio documental e intimista, você está prestes a embarcar no dia a dia das duas para viver seus dramas e momentos de total ternura.
Estava esperando escrever brevemente sobre esse filme no meu futuro post de apostas do Oscar 2018, mas, infeliz e injustamente, Projeto Flórida não deve concorrer a Melhor Filme. Mas, se eu o tivesse assistido ainda em 2017, com certeza estaria no TOP 3 do meu ano.
Sean Baker, responsável pelo lindo Tangerina (todo filmado com celular), não só roteirizou e dirigiu Projeto Flórida, como também fez a montagem. Aqui, ele foi inteligente em apresentar a primeira meia hora do longa quase exclusivamente com cenas protagonizadas por Moonee e seus amiguinhos da vizinhança brincando nos arredores, destruindo coisas e falando muitos palavrões, numa conduta que estranharia qualquer pai e mãe que leva sua cria pra tomar banho de sol no calçadão do Leblon. A princípio, o espectador pode até se questionar aonde o filme está querendo nos levar. É aí que, à medida que ele avança e conhecemos mais a realidade em que estão inseridos, passamos a nos importar consideravelmente com suas vidas. Meu apreço por Projeto Flórida foi uma crescente assustadora.