Fotos do post tiradas pelo talentoso amigo Fabricio Vianna |
Minha sorte mudou no começo deste ano. Eu não estava preparada pra receber a notícia de um show do Sigur Rós no Brasil, mais precisamente em São Paulo, a uma hora de voo de onde estou. Acho que foi um dos momentos mais empolgantes da minha vida. Meus braços formigaram. Saí da minha sala de trabalho em direção à varanda pra espalhar as boas novas via telefone, quase em lágrimas.
Nunca tive muitos sonhos ambiciosos. Ou melhor, nunca tive muitos sonhos, desses que colocamos como meta pra realizar antes de morrer. Mas ver Jónsi, Orri e Georg juntos a poucos metros de mim era um deles. Minha história com a banda começou na adolescência, quando eu costumava dormir de madrugada escutando música, conversando com amigos no finado MSN, descobrindo coisas sobre o mundo e sobre mim. Quando dei play em Untitled #4, do álbum ( ), foi amor à primeira ouvida. Um tipo de som que eu nunca tinha experimentado antes, tão envolvente e absorvente, que dispensava traduções de quaisquer letras em islandês. Era apenas preciso sentir. Naqueles tempos, em que eu ainda me considerava religiosa, dizia que ouvir Sigur Rós era ouvir Deus cantando.