Olá, amoreco, hora de matar a saudade da nossa franquia favorita de games com o lançamento do tão aguardado episódio 2 de Life is Strange 2 no dia 24 de janeiro, depois de 4 meses desde a estreia do primeiro episódio!
Se você ainda não jogou, cuidado: spoiler alert neste texto! E se você nunca jogou nada de Life is Strange e tá aqui só porque tem apreço por mim, saiba que está perdendo uma grande oportunidade de se apaixonar. E que os espíritos evoluídos levarão isso em consideração na sua próxima vida.
Tá certo? Tá certo. Então bora falar do que anda acontecendo na jornada dos irmãos Diaz:
O TEMPO PASSA, O TEMPO VOA, E OS PODERES DO DANIEL CONTINUAM NUMA BOA (SERÁSE?)
Podemos considerar que sim, nos baseando apenas nos primeiros minutos de Rules. Sean e Daniel estão na neve, sem tomar um banho, sabe-se lá há quanto tempo sem lavar as partes com sabonete antibacteriano e sem encontrar uma tesoura.Dois meses se passaram desde o incidente no motel e a descoberta do meu filho Danny sobre a morte do pai. O episódio, inclusive, apresentou seu estilo próprio de fazer uma recapitulação dos acontecimentos anteriores, com Sean narrando-os, de forma lúdica, como se fosse um conto a respeito de uma família de lobos (ah, os animais espirituais...). Agora, a dupla Diaz está concentrada em sobreviver da melhor maneira, sem arranjar confusão, enquanto treina os poderes do caçula
Aqui, vemos se fortalecer o papel de tutor de Sean sobre Daniel (ou seja, o NOSSO papel, enquanto jogadores). Mesmo com a importante supervisão de um adulto, como Eliana já nos ensinou em seus programas matinais nos anos 1990, Daniel é uma criança com um dom que se revela perigoso a ponto de nem o Sean conseguir intervir. É por isso que três regras essenciais foram estabelecidas em sua dinâmica – remetendo ao nome do episódio –, que são 1) Não demonstrar os poderes, 2) Nunca falar sobre eles e 3) Sempre fugir do perigo.
Mas, se você é uma pessoa espertinha, já sabe que existe uma máxima na vida chamada "Toda regra tem sua exceção". Bom, digamos que neste caso ela também se aplica, e as concessões dependerão do seu posicionamento como tutor do Daniel. O que falamos no episódio anterior, sobre suas decisões influenciarem principalmente as atitudes do Daniel, começa a ficar mais forte aqui.
Aprendiz de Darth Vader |
Um encontro que ninguém esperava acontece: Cogumela sai para dar seu mijãozinho matinal e uma puma descobre seu café da manhã. Daniel acha o corpo da amiga de curta data junto ao felino e, num acesso de pura adrenalina e revolta, como aconteceu no episódio 1, ele desperta a força do seu poder que não havia sido manifestada durante os treinamentos. É nesse momento que você, como Sean, tem a importante decisão de intervir ou não no destino da puma sob as mãos do irmão. A partir daí, segura as calças, que é consequência atrás de consequência.
NERA ISSO QUE VOCÊ QUERIA, @?
Depois disso, o crossover mais aguardado desde o encontro de Chaves e Chapolin está prestes a acontecer quando Sean e Daniel chegam à Beavers Creek, a cidade onde se passa a micro-história de The awesome adventures of Captain Spirit e que traz de volta nosso amado Chris, também conhecido como Meu Segundo Filho®. Nessa, descobrimos que 1) O casal Reynolds, vizinho do Chris, são o avô e avó de Sean e Daniel, e 2) Que uma criança fofa é pouca e duas é bom demais: Daniel e Chris brincando juntos é a coisa mais querida desse universo.
Mas, momentos de calmaria e diversão à parte, as interações com o pequeno herói imaginativo serão determinantes para seu curto arco neste episódio. Dependendo se contamos a ele ou não a verdade sobre os poderes do Daniel, se ele ganha confiança em você ou não e sobre as tais concessões de que falei, o destino pode pular de Sessão da Tarde Feliz a Desgraça Pouca é Bobagem. O impacto (meu final ficou no meio termo) foi semelhante ao que senti com a Kate, no episódio 2 do primeiro Life is Strange.
Falando nisso, outra coisa que me deixou apavorada foi o que acontece com a Lyla, BFF do Sean, em consequência à forma como você age desde o primeiro episódio. E nem tem a ver com o Daniel.
Eu decidi não ligar pra ela do motel pra não comprometê-la perante a polícia, TENTANDO FAZER A COISA CERTA, mas Life is Strange sempre dá um jeito de te fazer tomar no cu e neste novo episódio resolvi arriscar e dar uma ligadinha pra casa dela. Quem atende é a mãe, dizendo que a garota tá numa clínica, rehab ou sei lá o quê, bem mal, sem parar de pensar nos Diaz. De cair os butiá do bolso, né non? Fico imaginando se eu também não tivesse telefonado desta vez.
Será que a Lyla pode acabar como a Kate, no primeiro game?
SEU DANIEL É UM ANJINHO OU UM CAPETA EM FORMA DE GURI?
Como estamos falando desde o primeiro episódio, Life is Strange 2 não tem viagem no tempo vs. capacidade de alterar escolhas, mas todas as escolhas que você faz em nome do Sean terão impacto na criação do Daniel, seus comportamentos e pensamentos.E isso vai além de como ele usa seus poderes. As pequenas coisas que você fez ou deixou de fazer antes, como roubar ou não chocolate de um carro abandonado, reprimir o irmão quando ele usa palavrões, protegê-lo de um pesadelo, assustá-lo ou não, debater sobre questões do dia a dia etc. estão influenciando a pessoa em que ele está se tornando.
Podemos ver nos exemplos abaixo, de prints que minha camarada Bianca publicou no grupo do game no Facebook:
"Eu posso quebrar a fechadura com o meu poder!" / "Eu poderia explodir essa porta idiota com o meu poder!" |
"Uh... eu só queria ver as coisas da minha mãe!" / "Eu tenho o DIREITO de ver o quarto da minha mãe!" |
"Deveríamos fazer algo a respeito?" / "A gente devia acabar com ele, Sean!" |
Isso certamente vai ter tudo a ver com o desfecho da história, que eu ainda não sei qual é e não vou gastar muito fosfato pensando a respeito pra ser surpreendida. Porém, uma teoriazinha ou outra não faz mal a ninguém e é ótimo pra manter o fandom com fogo na raba confabulando até saírem os próximos episódios.
QUEM É A MÃE DOS IRMÃOS DIAZ?
Tudo o que sabemos até o momento é que essa misteriosa Karen é americana, se casou com o Esteban e abandonou a família desde que o Daniel era bem pequeno (sendo que o ex-marido não parecia ter grandes ressentimentos), é alvo de ranço do Sean, mantém contato com os pais, tem seu quarto intacto na residência dos Reynolds, se comunicava com uma amiga por cartas, ama música e quer ver os filhos protegidos, mesmo que prefira não falar com eles.
Já vi uma galera teorizando que o motivo da Karen ter saído de casa era que ela, na verdade, é lésbica ou bi e foi viver sua vida com essa tal amiga das cartas, porque a mãe é extremamente religiosa e conservadora e seria contra o relacionamento. Eu particularmente comprei 0,5% dessa ideia porque, apesar de a mãe realmente ser religiosa, nada na carta da amiga parece levantar suspeitas de um romance. E isso não parece um motivo forte pra abandonar todo mundo e sustentar uma revelação forte da história, que parece ser o que vai acontecer no fim do jogo (ou perto do fim).
Minha teoria (e a de uma outra galera também) é que a Karen na verdade também tem poderes como o Daniel e fugiu de casa exatamente por ter causado algum acidente ou outra coisa grave. Como os meninos fizeram. E aí, sem controle dessa força invisível e com medo de colocar a vida deles em risco, resolveu viver no anonimato, velando por eles a distância.
(Eu cheguei a pensar que a Karen poderia ter causado o acidente com a mãe do Chris e fiquei realmente bem empolgada, mas a Áurea acabou com minha vida ao revelar que as datas simplesmente não batem, rsss.)
E você, o que acha? Se tiver sua própria teoria, estou curiosinha pra saber, viu?
NÃO VOU COMPARAR COM O PRIMEIRO, NÃO VOU COMPARAR COM O PRIMEIRO...
Comparei.Eu seeeeei que é injusto colocar Life is Strange do lado de Life is Strange 2, mas de vez em quando a carne é fraca e Deus há de nos perdoar. E digamos que é em relação a uma coisinha "inofensiva": o apego ao protagonista.
No primeiro game, me bastaram cinco minutos pra eu me apaixonar pela Max e me sentir na pele dela. Aqui, Sean ainda é o personagem por quem menos me apeguei. Max, além de escrever no diário e nos fazer entender mais como ela se sentia, completando a experiência da gameplay, pensava muito, o tempo todo. Não é que o Sean não pense, mas as interações dele com os objetos, pessoas e suas próprias contemplações me soam muito mais rasas.
A Max parecia alguém com uma personalidade mais definida, enquanto o Sean parece uma pessoa que a gente vai moldando ao longo da história. É meio esquisito, mas alguém aí sente isso também? Creio que essa impressão se deve pouco à dublagem, mas acho que é digno de nota o trabalho sensacional que o dublador do Daniel, Roman Dean George, faz; em contrapartida, o Gonzalo Martin, quem interpreta o Sean, parece mais artificial na transmissão das emoções.
Se posso pagar língua? É lógico que sim; lembremos que eu odiava a Chloe até metade do episódio 2 de Life is Strange e hoje acendo uma vela pra ela toda semana. Esse blog serve pra isso mesmo: um registro das minhas vergonhas e equívocos por um período da minha vida.
Mas, se tem uma coisa entre os dois jogos que posso sempre comparar e sempre ficar satisfeita, é a trilha sonora. Este novo episódio, como de praxe, nos apresentou novas e lindas músicas pelas quais já me viciei. Se quiser ouvir (quase) todas em loop até o próximo lançamento, tem neste link do Spotify.
Não falar dos poderes, não demonstrar os poderes e fugir do perigo. Pelo visto, os Diaz não estão conseguindo cumprir nenhuma de suas próprias regras. Ansiosa pelo que vai acontecer entre eles e a Cassidy? Vamos trocar figurinhas sobre isso tudo nos comentários aí embaixo?