A vida é irônica, né?
Dessa vez esses REALMENTE foram meus filmes da semana ♥. Sim, vi todos eles numa mesma semana (todos bons, por sinal). Que bom, Manuela, continuemos assim. Tá pouco, manda mais.
Perdido em marte
The martian, 2015
Durante uma missão a Marte, o astronauta Mark Watney (Matt Damon) é dado como morto após uma feroz tempestade e é deixado para trás por sua tripulação. Mas Watney sobrevive e encontra-se sem recursos e sozinho no planeta hostil. Apenas com suprimentos escassos, Watney deve contar com a sua criatividade, engenho e espírito para subsistir e encontrar uma maneira de sinalizar à Terra que está vivo.
Ridley Scott mandou bem. Adorei Perdido em Marte. Não tem nem de perto aquela carga dramática de Interestelar (onde o Matt Damon TAMBÉM precisa ser resgatado), o que você percebe com 20 minutos de filme, então a dica é: relaxe e embarque na proposta do diretor. Perdido em Marte é leve, bem humorado e divertido, eu diria. Não que estar completamente sozinho em um planeta inóspito seja algo legal, mas o personagem Mark Watney é do tipo otimista que não se deixa abater e “WELL, já que eu não quero morrer aqui, vamos dar um jeito nisso”. Em nenhum momento você tem medo de que ele morra, porque você SABE que ele vai conseguir se virar em Marte, e a graça está exatamente nisso: acompanhar as ideias inteligentes usadas para tentar sobreviver por ANOS enquanto a ajuda não chega.
PS: 3D totalmente dispensável.
Pecados antigos, longas sombras
La isla mínima, 2014
Dois policiais com gênios opostos são mandados para um remoto povoado pantaneiro para investigar um caso de adolescentes desaparecidas. Em uma comunidade enraizada no passado, eles terão de enfrentar um assassino feroz.
Parabéns pra pessoa que colocou esse título no Brasil; eu, particularmente, gostei muito. Pecados antigos, longas sombras tinha tudo pra ser mais um thriller comum, mas a direção inteligente e o roteiro amarradinho resultam num filme cheio de tensão do começo ao fim que me lembrou um pouco a primeira temporada de True Detective (até pelo fato dos dois detetives serem bem diferentes um do outro). Na minha opinião, o que vale aqui não é o segredo por trás do caso, do tipo quem é o criminoso, e sim a dinâmica entre os personagens e como ela se reflete na investigação. Prestar atenção nos detalhes é ouro. Recomendadíssimo!
The age of Adaline, 2015
Adaline Bowman (Blake Lively) nasceu na virada do século XX. Ela tinha uma vida normal até sofrer um grave acidente de carro. Desde então, ela, milagrosamente, não consegue mais envelhecer, se tornando um ser imortal com a aparência de 29 anos. Ela vive uma existência solitária, nunca se permitindo criar laços com ninguém, para não ter seu segredo revelado. Mas ela conhece o jovem filantropo, Ellis Jones (Michiel Huisman), um homem por quem pode valer a pena arriscar sua imortalidade.
Mia madre, 2014
Margherita (Margherita Buy) é uma diretora de cinema que está rodando seu novo filme com o famoso e peculiar ator americano Barry Huggins (John Turturro). Longe do set, Margherita tenta manter sua vida inteira enquanto sente-se impotente ao enfrentar a doença de sua mãe e a adolescência da filha.
A incrível história de Adaline
Adaline Bowman (Blake Lively) nasceu na virada do século XX. Ela tinha uma vida normal até sofrer um grave acidente de carro. Desde então, ela, milagrosamente, não consegue mais envelhecer, se tornando um ser imortal com a aparência de 29 anos. Ela vive uma existência solitária, nunca se permitindo criar laços com ninguém, para não ter seu segredo revelado. Mas ela conhece o jovem filantropo, Ellis Jones (Michiel Huisman), um homem por quem pode valer a pena arriscar sua imortalidade.
Se você tem Netflix, é provável que tenha visto esse filme na home algumas vezes pedindo gentilmente para que você o assistisse. Eu cedi. E paguei língua: ele é bom. Digo pagar língua porque achei que fosse um desses romancezinhos bobos tipo Nicholas Sparks, que dá vontade de arrancar os olhos quando acaba (menos ♥ Diário de uma paixão ♥), mas não. Acho que, pro filme ser espetacular, o tema deveria ser mais bem explorado, mas tudo bem, porque mesmo assim ele é fofo e adorável. Blake Lively está muito bem no papel, assim como Michiel Huisman – que vive o Cal de Orphan Black e o Daario Naharis de Game of Thrones com o mesmo cabelo e barba porque sabe que só fica bonito assim.
Minha mãe
Margherita (Margherita Buy) é uma diretora de cinema que está rodando seu novo filme com o famoso e peculiar ator americano Barry Huggins (John Turturro). Longe do set, Margherita tenta manter sua vida inteira enquanto sente-se impotente ao enfrentar a doença de sua mãe e a adolescência da filha.
Minha mãe foi um dos destaques do Festival de Cannes desse ano que emocionou o público. O diretor Nanni Moretti (que também é um personagem) retrata o dia a dia de Margherita entre os acessos excêntricos do ator de seu novo filme e o medo diante da possibilidade de perder sua mãe pra uma doença sem cura, com cenas que equilibram o drama e o bom humor para mostrar que Margherita pode até dirigir muito bem a equipe do seu trabalho, mas não tem muito sucesso no controle da sua própria vida. Assista e prepare-se pro take final simplesmente arrebatador de Minha mãe.