13 julho 2015

7 bandas da Islândia para a sua playlist

postado por Manu Negri



Além de muito frio, noites intermináveis e casinhas coloridas, é certo que a Islândia tem um cenário musical muito rico. Os estilos são variados, mas muitos artistas trazem suas raízes nórdicas para as canções e criam melodias oriundas de instrumentos variados, o que resulta em uma composição lindamente diferente.

Como percebi que muitas das bandas que eu curto são islandesas, resolvi montar uma listinha pra salvar (ou não) a sua rotina no Spotify de procurar playlists aleatórias (ah, e não, não tem Björk).


Sigur Rós

Formada em 1994, Sigur Rós ganhou notoriedade mundial após o lançamento do álbum Ágætis Byrjun, em 1999, considerado um dos melhores do ano por diversas e importantes publicações sobre música. Eu sou suspeitíssima pra falar, porque Sigur Rós é minha banda favorita de todas as galáxias de todo o universo, mas o som deles de fato não é muito popular.

Suas músicas, classificadas como post-rock (haters chamam de "música de elevador" ou "Orcas cantando"), são famosas pelos elementos do estilo clássico, pela melancolia e pelo som etéreo produzido pela combinação de guitarra e arco de violoncelo, o que acabou caracterizando o grupo. Tentando se enturmar: fizeram parte da trilha sonora de filmes e séries como Vanilla Sky, Mistérios da carne, Sense8, Orphan Black e Game of Thrones.  
“Nós não somos uma banda, nós somos música. Nós não temos a intenção de sermos superstars ou milionários, nós simplesmente vamos mudar a música para sempre, e o que as pessoas entendem por música."
Cantam em: islandês e hopelandic (“esperancês”, um idioma inventado pelo vocalista Jónsi que contém palavras em islandês)


Amiina

Esse quarteto de cordas formado somente por mulheres nasceu em 2004 e, durante um longo tempo, tocou somente como grupo de apoio do Sigur Rós (uma delas, se não me engano, é casada com o ex-integrante da banda, Kjartan).

Atualmente elas têm trabalhos próprios, fazendo um som que se encaixa em folk, experimental, ambiente e post-rock utilizando os mais diversos instrumentos até objetos, como COPOS DE ÁGUA, SERROTES e campainhas. Chupa essa manga.

Ou seja, se você prefere uma coisa mais animadinha ou tradicional, o Amiina não é a melhor escolha. Pule para o próximo da lista.

Cantam em: não cantam. É tudo instrumental. Ao menos tudo o que ouvi até hoje. 




GusGus

TUNTZ TUNTZ Pronto, uma opção pra você balançar os ombrinhos durante a aurora boreal islandesa. Embora o estilo do GusGus seja meio eclético, a música eletrônica ainda predomina entre seus 9 álbuns. Sua formação passou por várias mudanças desde 1995, quando o grupo nasceu, chegando a ter a cantora Emiliana Torrini como membro. Ao longo da carreira, remixaram o trabalho de vários artistas famosos como Sigur Rós (de novo), Björk e Depeche Mode.

E esse nome esquisitinho, "GusGus"? A banda pegou emprestado de uma cena do filme O medo devora a alma, de 1974, em que uma personagem cozinha cuscuz para o namorado e pronuncia “gus gus”, e aí eles consideraram isso uma referência ao sexo. Lancem aí o bordão "fazer gus gus".

Cantam em: inglês.


Eu tenho medo dessa mulher


Rökkurró

Foi difícil achar muitas informações sobre o Rökkurró, mas vamos lá: cinco lindinhos e lindinhas resolveram se juntar em 2007 e formar uma banda folk, experimental e indie na capital da Islândia. Logo no álbum de estreia, Það Kólnar í Kvöld (saúde), ganharam boas críticas e começaram a viajar para alguns países da Europa para tocar.

A coisa mais importante que você precisa saber é: a voz da vocalista é muito bonita e singular, principalmente nos agudos. Se um dia desses você estiver na fila do caixa do supermercado e colocarem Rökkurró no som, vai ser fácil reconhecer (não que essa cena seja provável de acontecer, mas VAI QUE).

Cantam em: islandês e inglês.




Of monsters and men

Essa é, talvez, a banda mais "globalizada" e popular da lista. Mal saída das fraldas, formada em 2010, Of monsters and men conquistou o mundo com seu rock/indie folk após lançar o single Little talks, do seu primeiro álbum de estúdio, chamado My head is an animal. Com a música atingindo o topo das paradas de vários países, eles começaram a participar de programas e festivais, principalmente nos EUA e na Europa, e também já vieram para o Lollapalooza Brasil.

Eu particularmente acho a banda bem fofinha, e esse ábum é muito bom. :)

Cantam em: inglês.


Cosplay de Björk

múm

Mais uma banda de post-rock que usa instrumentos exóticos para criar as melodias das canções <3. Coloque aí uns clarinetes, violinos, acordeões, trompetes e guitarras e temos uma pegada despretensiosa, subjetiva, de pessoas que querem apenas experimentar fazer música. Com um nome que não tem significado algum (risos), múm começou sua trajetória em 2001, 4 anos depois de formada, com o lançamento do álbum Yesterday was dramatic, today is ok.

Famosos também por seus remixes, eles tocaram ao lado do Sigur Rós e da Björk e se aventuraram mais no cenário musical mundial em 2002, com a entrada de Kristín Anna Valtýsdóttir, que deu voz, literalmente, para as canções da banda. Hoje, múm não tem os mesmos membros originais, mas continua aí firme e mais ou menos forte (não sei); seu disco mais recente, Smilewound, foi gravado em 2013.

Cantam (quando cantam) em: inglês.




Seabear

Essa eu conheci recentemente e descobri que, fuén, não existe mais :( mas, mesmo assim, merece entrar na listinha. Folkzinho-indiezinho mais adorável!, comparado às vezes com o som do Sufjan Stevens, outro cara que adoro.

Seabear começou em 2003 como um projeto solo de Sindri Már Sigfússon e, em 2006, já contava com 7 membros - cada um com outro tipo de projeto paralelo, o que pode ter contribuído pro fim da banda.

Cantam em: inglês.


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